segunda-feira, 25 de julho de 2011

Cunicultura:



Manejo:
Idade: A vida do coelho, normalmente, varia entre 8 a 10 anos, há registros de animais que ultrapassaram os 15 anos, mas sua vida útil em questões de aproveitamento na produção industrial é de 4 a 5 anos, após isto os animais declinam, adquirindo peso excessivo e ficando mais sujeito a enfermidades, por esta razão são destinados ao abate.
 Métodos de identificação: Existem vários tipos de identificação, podemos destacar a identificação por características particulares, identificação das gaiolas ou identificações de indivíduo.
Identificação por características particulares - é um método muito básico e não atende as necessidades de uma produção comercial, ficando restrita a pequenas criações domésticas composta de pequenas quantidades de matrizes e reprodutores.
Identificação de gaiolas - destinada a pequenos produtores, é um bom método quando utilizado com critérios, os animais correspondem aos números identificados nas fichas, mas não é seguro basta a troca de locais ou a morte para que deixe de ser eficiente.
Identificação individual - a forma mais eficiente de identificação é fixar uma marca no corpo do animal, em coelhos isto se dá nas orelhas, por ser um local de fácil observação. Alguns criadores utilizam cortes nas bordas, estabelecendo desenhos, isto é mais comum no manejo de rebanhos suínos, outros identificam, com anéis metálicos ou plásticos, fixados como brincos, forma mais comum entre produtores bovinos. No caso da cunicultura utilizamos um instrumento denominado "tatuador", que tem o mesmo princípio de uma tatuagem convencional, injetar pigmentos na epiderme, tornando a identificação duradoura. São letras e números formadas por muitas agulhas que aplicadas nas orelhas, perfura a pele, deixando a tinta penetrar nos orifícios tornando visível a numeração.
Reprodução: À semelhança de outras criações, o coelho pode se reproduzir pelos métodos naturais ou artificiais:
Manta Natural - o coelho é um animal dos mais prolíferos, sua gestação dura de 28 a 32 dias, os machos são muito ativos e não existe nenhuma dificuldade em sua reprodução, tanto é que tem se tornado um incômodo para alguns países, como na Austrália, criados soltos, foram tão eficientes que tornaram-se praga, destruindo plantações, foi necessária a construção de uma cerca metálica para isolar grandes extensões de terra. Desta forma o coelho é um animal que não necessita de auxílio para sua multiplicação. A monta é simples e rápida, o macho se prende ao dorso da fêmea, abocanhando sua sernelha (nuca), após movimentos contínuos atinge o ápice dando um salto para frente, emitindo um som característico.
Inseminação Artificial - utilizado em criações industriais, este método tem por finalidade a melhoria genética, além de aumentar a eficiência na quantidade de láparos nascidos. Esta tecnologia tem se desenvolvido com rapidez e já existem instrumentos e métodos complexos que tem agilizam a obtenção de novos resultados. Consiste em coleta de sêmen, manipulação e introdução em matrizes preparadas.
Desmame: Os láparos podem ser separados aos 30 dias de vida das matrizes e colocados em gaiolas coletivas, nesta época de desmama que é preferível fazer sexagem, pesagem e identificação, a mais utilizada é a tatuagem, para melhor controle de escrituração zootécnica, podendo-se também tirar a matriz da gaiola.
A produção de leite de uma matriz atinge o ápice de produção em 21 dias, caindo o pico após este período, porém desmamar os láparos antes dos 28 dias aumenta a probabilidade desta matriz ter mamite (Mastite), apesar que, aumentar o tempo de lactação por mais 30 dias só traz desvantagens, pois a produção de leite é pequena e a quantidade de ração consumida é grande.
O sistema em que se cobre a matriz 26 dias após o desmame, resultando em 6 gestações por ano é o mais recomendado pois facilita a utilização intensa da matriz, sem afetar seu desempenho reprodutivo, este sistema só não é indicado para criadores de coelhos para pêlos, pois para este tipo de exploração recomenda-se no máximo 3 a 4 partos anuais por matriz.


Instalações:
 A criação doméstica não há necessidade de tantos gastos como numa indústria. Mas, para evitar prejuízos, são necessárias, pelo menos, as seguintes instalações e equipamentos: gaiola, bebedouro, comedouro, manjedoura, ninho e cobertura. Saiba, agora, como se monta um coelhário.
A primeira preocupação deve ser com relação à água, que deve ser potável. As instalações precisam oferecer aos coelhos uma boa aeração, condições para que eles que eles não sofram com as mudanças brutas de temperatura e para que fiquem protegidos das chuvas, ventos, frio e sol direto.
Providencie, então, o galpão, que poderá ser construído de blocos de cimento de 10 cm, até a altura de 1,50m, fazendo-se pilares para sustentação do telhado, o qual poderá ser de duas ou uma só água. A cobertura pode ser feita com telhas de amianto, que não necessitam de muito madeirame, ficando o telhado mais leve do que com telhas de barro.
As paredes devem ter 1,50m de altura e o restante poderá ser fechado com tela ou, ainda, com cortinas de plásticos usados para proteger os coelhos do vento. Depois de construído o galpão, instale as gaiolas de arame galvanizado, de tamanho padrão que são encontradas em lojas especializadas: 80 X 60 X 45 cm.
Para uma criação pequena, o galpão poderá ter 8 X 4 metros, comportando inicialmente 16 gaiolas, isto é, oito em cada lado, para abrigar raças médias. Mas também poderá ser feito de tal maneira que, mais tarde, se construa outro tanto, para ser colocado como se fosse o segundo andar.
Para 10 matrizes (para cada 10 fêmeas é necessário apenas um macho), são necessárias, no mínimo, 16 gaiolas: uma para o macho, uma para cada matriz, e algumas de reserva para os filhotes (antes de irem para as gaiolas de engorda). As gaiolas devem ficar a 80 cm do solo.
Fixadas as gaiolas, coloque os bebedouros e comedouros dentro de cada uma (normalmente a gaiola já vem com comedouro externo, que são os ideais. Os bebedouros, também encontrados no mercado, são do tipo canudo e adaptados com uma garrafa do lado externo da gaiola).
O corredor, entre as gaiolas, deve ser cimentado. A esterqueira, que fica sob as gaiolas, deve ter seu nível abaixo do corredor e ser inclinada para deixar o esterco sempre seco.


Doenças:
 Mixomatose:
A Mixomatose é uma doença infecto-contagiosa que afeta os Coelhos (leporídeos) e causada por um poxvírus denominado fibroma de Shope.
O vírus transmite-se por contato direto, mas principalmente através de vetores (como por exemplo, mosquitos ou pulgas). Os insetos que se alimentam de sangue, podem manter o vírus ativo durante meses e disseminar facilmente a doença.
Após a picada pelo inseto contaminado, os sintomas podem aparecer entre cinco dias a uma semana. Os sinais típicos são edemas generalizados, principalmente em redor da cabeça (olhos e orelhas), disseminando-se rapidamente por todo o corpo.
A doença é na maioria das vezes fatal. A morte pode ocorrer entre 48 horas a duas semanas após o aparecimento dos sinais clínicos.
A prevenção da doença faz-se através da vacinação e controle de insetos

Hemorragia Viral :
A Doença Hemorrágica Viral (DHV) é uma doença infecto-contagiosa que afeta Coelhos, causada por um calicivírus.
A DVH é altamente contagiosa, transmite-se quer por contato direto, quer indireto (através de objetos contaminados, roedores e insetos). Os objetos contaminados se não forem lavados e desinfetados podem ser uma fonte de contágio mesmo após a eliminação dos animais doentes.
Os animais afetados morrem muitas vezes sem apresentar quaisquer sinais clínicos, outras vezes apresentam sintomas neurológicos (incoordenação, excitação) e por vezes hemorragias pelo nariz ou outros orifícios naturais. Os sintomas manifestam-se cerca de 48 horas após a infecção.
A mortalidade pode variar entre os 50 e 100%. Os coelhos que sobrevivem à doença permanecem como portadores e podem continuar a excretar vírus durante aproximadamente um mês.
A prevenção da doença faz-se através da vacinação e controle de insetos e objetos contaminados.


Sarna Auricular:
É esta uma doença comumente encontrada nas criações de coelhos, cujo rápido contágio facilita em pouco tempo a propagação da moléstia entre todos os animais. A sarna auricular é uma infecção parasitária ocasionada por dois parasitas, Psoroptes communis e Chorioptes cuniculis, os quais se localizam dentro do ouvido do coelho, na parte profunda da pele, chegando muitas vezes a provocar a morte do animal quando não tratado em tempo.
A primeira manifestação de sarna de orelha começa pelo aparecimento de forte irritação, no interior de um dos ouvidos do coelho, seguida de inflamação e formação de uma secreção espessa, que em poucos dias torna-se serosa e amarelada. Com a continuação da doença, há formação de crostas ou escamas de cor amarelo-pardo, aderentes à parte interna da orelha fechando completamente o ouvido do animal.
Os animais assim infectados tornam-se fracos, emagrecendo rapidamente, chegando muitas vezes à morte; inclinam a cabeça para o lado doente, procurando coçar com as patas a orelha atacada. Com o avançar da doença , iremos encontrar juntamente com as crostas, sangue e pus, de cheiro fétido. Tratando-se de moléstia muito contagiosa, o criador deve tomar medidas de profilaxia e higiene a fim de impedir a propagação da moléstia.
Medidas Profiláticas - Manter uma limpeza rigorosa nas coelheiras. Não permitir a entrada de animais doentes na criação; todos os coelhos deverão ser examinados periodicamente.
Os animais doentes deverão ser logo observados pelo seu veterinário assistente e isolados. As gaiolas ocupadas pelos coelhos doentes deverão ser desinfetadas.

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